A Automação do Data Center é Rentável

Primeiramente, gostaria de agradecer à DCD por seu trabalho constante no setor de Data Centers, coletando e transmitindo conhecimento dessa indústria à qual todos nós, que trabalhamos nela, dedicamos tanta paixão  🧡 

Há alguns dias, lançaram o estudo de mercado anual sobre a Operação e Gestão de Data Centers, um dos conteúdos que mais gosto e que sempre aguardo ansiosamente. Falamos tanto sobre as soluções diferenciais que temos e sobre o quão bons somos, que o exercício de ouvi-los, vocês que realmente enfrentam o desafio diário de manter esses ambientes críticos funcionando 24/7, é, no mínimo, necessário e enriquecedor.

Aliás, se ainda não baixaram este estudo, aqui está el link, vale muito a pena 😊

Da perspectiva da Bjumper, que tem a automação de Data Centers em nosso DNA e é a essência da nossa marca (tecnologia útil que te liberta), não podíamos deixar de ecoar este relatório e compartilhar algumas reflexões, nem boas nem ruins, apenas as nossas.

Já faz algum tempo que a maioria do mercado considera necessária a automação na gestão de Data Centers. Entende-se que um ambiente crítico em constante mudança e as repercussões empresariais que suas quedas podem causar não podem ser gerenciados manualmente.

A Automação é Rentável, não apenas porque reduz custos, mas porque minimiza riscos para o negócio/serviço e, hoje mais do que nunca, aumenta a competitividade/serviço de qualquer empresa/organismo público que disponha de um serviço cuja base seja digital (atualmente, não consigo pensar em nenhuma grande empresa ou administração pública que não esteja nesse grupo 🫣).

No entanto, a adoção de um novo modelo na operação dos Data Centers tem sido lenta, pelo menos nas regiões do estudo (Ibéria e América Latina). Não podemos, na Bjumper, opinar por experiência própria sobre outras regiões, mas, como neste mercado somos como uma pequena família, cabe destacar que, além dos EUA ou alguns países na Ásia, não acredito que o resultado fosse muito diferente, mas isso é subjetivo. Vamos voltar ao objetivo.

Menos de 20% dos entrevistados consideram seu Data Center automatizado na gestão, e dos 80% restantes, apenas 4% não têm interesse em automatizá-lo 😰, ou seja, há muito caminho a percorrer.


A questão surge quando se pergunta se há previsão para executar algum projeto relacionado à automação nos próximos 12-24 meses. 78% garantem que sim, mas quando se pergunta sobre o percentual de investimento que será associado a esses projetos... tenho que mostrar a imagem porque fala por si só:

Inversión en proyectos de automatización del Data Canter

Entendo e sofro no meu dia a dia essa gráfica, e de fato hoje, no plano geral de investimentos das grandes empresas (nos Data Centers Enterprise), esses locais são considerados centros de custos, onde muitas vezes ainda estão na sombra. Ainda é válida a frase “se funciona, não mexa”, e presume-se que sua obrigação é manter o sistema ativo 24/7 com o que lhe é dado.

Por isso, é mais fácil obter investimentos para reduzir custos diretamente, e o caminho mais curto está na eficiência energética, como pode ser comprovado nas respostas à pergunta:

Principales desafíos para la gestión del Data Center


No entanto, focar apenas na parte de eficiência energética pode nos levar a projetar mudanças na infraestrutura ou tecnologias que cobrem pontos específicos na gestão do Data Center sem considerar o ecossistema completo. É mais fácil justificar o retorno do investimento quando trocamos equipamentos de energia ou climatização por outros mais eficientes, mas isso é uma solução parcial.

Quando se pergunta aos entrevistados sobre os pontos que impedem o processo de automação, o primeiro, claro, é o investimento, mas noto que 9% dos entrevistados comentam que é por falta de apoio da liderança, e justamente essa é a maior barreira, do nosso ponto de vista.


 Como fazer os líderes e responsáveis pela estratégia entenderem que a operação do seu Data Center é uma competência crítica para a empresa?


Sem eles e seu apoio, será impossível realizar uma mudança real, porque não se trata de obter hoje um valor X de investimento, trata-se de ter um plano, e que esse plano esteja nas reuniões de diretoria. As empresas que entendem isso fazem a diferença em seus setores. Os bancos que entendem isso são líderes em seus mercados, e o varejo que confia em seu Data Center há anos cresce ano após ano.

Recentemente, conversei com um cliente que me disse que sua melhor maneira de explicar a importância do Data Center e sua gestão é quantificar “o que aconteceria se...”. Ele começa sua apresentação com essa frase antes de apresentar um projeto de investimento, e monetiza o impacto no negócio de uma falha no Data Center. É um excelente exercício para fazer de forma individual.

 Se conseguirmos (o que não é fácil) obter o apoio dos líderes, o resto das barreiras se minimizarão, porque o projeto já será entendido como estratégico e haverá um plano que não considera apenas a tecnologia, mas também os processos e as pessoas, para que o ecossistema completo esteja envolvido. Lembrem-se, a tecnologia é apenas o veículo, não o fim.

 🤔 Imaginemos então que já temos o apoio da diretoria, e com isso um plano de investimento adequado ao desafio, onde além disso se trabalha na formação das pessoas e nos processos que asseguram a gestão do conhecimento. Nesse momento, será a hora de revisar as diferentes tecnologias, e sim, a IA deve estar presente nelas.


A mudança do modelo para a automação não se trata apenas de custos, mas de ter um ambiente mais resiliente, de criar um ecossistema que, de forma semiautônoma, seja capaz de responder por si mesmo a mudanças que estão por vir. 


Tenho que agradecer à DCD por incluir uma pergunta sobre como você acha que a IA vai mudar a operação dos Data Centers. Muito se fala sobre o que a IA significa em termos de consumo ou modelos de Data Centers, mas pouco se fala sobre o que ela pode fazer na operação.

Nesse ponto, todas as respostas são válidas, pois somos capazes, com a IA, de automatizar: processos de mudanças, detectar pontos fracos, cumprir normas, e, em suma, reduzir a carga manual de tarefas repetitivas e com alta probabilidade de erro, porque não somos máquinas! O que podemos oferecer às nossas empresas é muito mais do que elas poderiam, vamos usá-las para nos permitir ser mais humanos.

Continuarei, junto com a Bjumper, trabalhando para dar voz aos Data Centers nas empresas.

Lembre-se de baixar os resultados do estudo. Tenho certeza de que juntos tiraremos mais conclusões. Descarga

                                                                                               I♥️#Datacenter  

                                                                                               

                                                                                            



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