Em maio de 2017, uma falha no fornecimento de energia nos data centers da British Airways, gerenciados pela CBRE, provocou o cancelamento de 672 voos e afetou mais de 75.000 passageiros durante três dias. Esse incidente, que custou à companhia aérea cerca de 74,6 milhões de dólares em indenizações, evidenciou a vulnerabilidade das infraestruturas críticas e a necessidade de contar com sistemas de gestão robustos que antecipem e mitiguem os riscos. 

Esse caso real nos lembra que, em um mundo onde a infraestrutura digital sustenta praticamente tudo — de um pagamento com cartão a uma cirurgia — erro não é uma opção. E, no entanto, ele é inevitável. Por isso, mais do que evitá-lo, a chave está em antecipar, reagir e aprender rapidamente. Isso é resiliência. E é isso que distingue um Data Center bem gerenciado.

A Paradoxo do Silêncio: o Sucesso Está em Passar Despercebido

Os Data Centers vivem uma constante paradoxo: seu sucesso é medido pelo silêncio, pela invisibilidade da operação. Se tudo funciona bem, ninguém pensa neles. Mas quando algo falha, o impacto pode ser sentido por milhares — ou até milhões — de usuários.

Por isso, o verdadeiro desafio não é apenas projetar para o máximo desempenho, mas operar para a máxima continuidade.
Contamos isso em mais detalhes aqui: O maior risco de um Data Center: a  operação.

As Camadas Invisíveis que Protegem um Data Center

Por trás dessa aparente tranquilidade, existe um sistema complexo feito de tecnologia, dados e pessoas. Estas são as camadas que protegem um Data Center quando tudo parece estar bem... ou quando tudo começa a falhar:

   Um DCiM que Enxerga o que Ninguém Mais Vê

Um sistema moderno de Gerenciamento de Infraestrutura de Data Center (DCiM) não apenas coleta dados — ele interpreta, prioriza e transforma em decisões operacionais. É o copiloto silencioso que acompanha a equipe técnica.

Com o DCiM, padrões são detectados antes que virem problemas. Falhas são alertadas antes de se tornarem críticas. A carga é aliviada antes de ocorrer um colapso.
Veja como abordamos isso na Bjumper: O papel estratégico do DCIM na segurança dos Data Centers bancários.

   Sensores que Respiram com o Data Center

Sensores térmicos, elétricos, ambientais... coletam dados em tempo real que permitem ao DCiM compreender o estado real da infraestrutura. Sem dados, não há contexto. E sem contexto, não há proteção.
Explicamos isso aqui: O papel crítico da sensorização na gestão moderna

​   Inteligência para Não Silenciar o Alarme... Mas Priorizá-lo

O perigo não está apenas na existência de alertas, mas no fato de haver tantos que se tornam invisíveis. A fadiga de alertas pode levar ao erro humano mais grave: ignorar o essencial.
Com tecnologias como a Inteligência Artificial Guiada (IAG), o DCiM aprende a distinguir o urgente do irrelevante.
Leia mais: Fadiga de alertas? O perigo de perder o foco no seu Data Center.

   Equipes Humanas: Quando a Tecnologia é Aliada, Não Substituta

O DCiM não substitui as pessoas — ele as fortalece. Permite que as equipes se concentrem no que importa, tomem decisões com informações completas e ajam antes que algo quebre.

Porque quando tudo falha, não é só o software que entra em ação. São também os técnicos de plantão, os procedimentos bem definidos e a experiência coletiva de anos operando sob pressão.

Estamos Preparados Para Quando Tudo Falhar?

Não existe infraestrutura perfeita. Sempre haverá um momento em que algo não funcionará. A pergunta não é “se vai acontecer”, mas “como vamos responder”.

Ter um DCiM robusto, uma equipe preparada e uma arquitetura pensada para a resiliência é a única forma de proteger o que não pode parar..

Aqui está um guia passo a passo para se preparar: Guia prático para a gestão de incidentes em Data Centers.

No dia a dia, quase ninguém pensa em tudo o que está funcionando bem. Um backup feito no momento certo, um alerta priorizado, um ajuste automático na carga térmica... pequenas decisões fazem a diferença.

Proteger um Data Center não é apenas reagir — é prever, acompanhar e profissionalizar a operação para que nada pare.

Pode ser que ninguém perceba quando tudo funciona.
Mas é justamente aí que o Data Center prova que está bem protegido.